Aexplosão de quatro reatores da central nuclear de Fukushima 1, no nordeste do Japão, faz o país e o mundo temerem um acidente nuclear com conseqüências para a saúde humana. O vazamento radioativo na usina japonesa ocorreu após o forte terremoto, seguido de tsunami, que atingiu o país na última sexta-feira (11).
Várias pessoas deixaram Tóquio nesta terça-feira (15), e moradores permaneceram dentro de suas casas em meio a temores de que a radiação de uma usina nuclear atingida pelo terremoto da última e sexta-feira afete uma das maiores e mais densamente povoadas cidades do mundo.
Masashi Yoshida era uma delas e deu entrevista enquanto segurava a filha de cinco anos no aeroporto de Haneda.
- Não estou muito preocupado com outro terremoto. É a radiação que me assusta.
Turistas, como a americana Christy Niver, deram um basta. Sua filha Lucy foi mais enfática.
- Estou apavorada. Estou tão apavorada que preferia estar no olho de um tornado. Quero ir embora.
População não confia mais no governo
A usina nuclear de Fukushima, afetada pelo tremor, está a 240 km a norte de Tóquio. Autoridades disseram que a radiação na capital do país estava 10 vezes acima do normal à noite, mas não era o suficiente para prejudicar a saúde.
Mas a confiança no governo está abalada, e muitas pessoas se preparam para o pior.
Muitas lojas não tinham mais arroz, um produto essencial no Japão, e as prateleiras que tinham pão e macarrão instantâneo estavam vazias.
Cerca de oito horas depois de novas explosões acontecerem na usina, a agência meteorológica da ONU (Organização das Nações Unidas) informou que os ventos estavam dispersando o material radioativo para o oceano Pacífico, distante do Japão e de outros países da Ásia.
A Agência Meteorológica Mundial, sediada em Genebra, informou, no entanto, que as condições climáticas podem mudar.
Alguns cientistas fizeram apelos para que a população de Tóquio mantivesse a calma, caso de Koji Yamazaki, professor da escola de ciência ambiental da Universidade de Hokkaido.
- O material radioativo vai chegar a Tóquio, mas ele é inofensivo ao corpo humano porque ele se dissipará até chegar a Tóquio. Se o vento ficar mais forte, isso significa que o material voará mais rápido, mas também que dispersará ainda mais no ar.
fonte: R7.COM
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