Sexta-feira (19), cristãos reviveram as memórias da guerra civil que arruinou a cidade tempos atrás. Além das oito pessoas que morreram, outras 80 ficaram feridas
Um carro-bomba abalou uma área cristã da capital libanesa, Beirute, na última sexta-feira, 19 de outubro, matando, pelo menos, oito pessoas; incluindo o general Wissam al-Hassan, oficial de segurança máxima libanês.
O ataque também feriu cerca de 80 pessoas e aconteceu próximo ao escritório do Partido Cristão, que abertamente desaprova o governo do presidente Bashar al-Assad no país vizinho, Síria.
Forças de segurança e equipes de resgate procuraram por sobreviventes entre os edifícios em ruínas, carros e janelas estilhaçadas. A imprensa libanesa declarou que o atentado foi considerado um dos mais graves em Beirute, em anos.
A explosão contribuiu para confirmar os temores de que a Síria planejava ataques contra o Líbano, que cuida de milhares de refugiados sírios, muitos deles cristãos.
"Todas as casas estavam caindo. Deus me protegeu e me manteve vivo. Mas não temos mais nada agora, nem teto, janelas ou portas. Tudo está destruído", disse uma cristã idosa.
Impressionadas com a violência do ataque, as pessoas que ainda podiam andar socorreram as vítimas ao redor. Em um comunicado publicado pela agência de notícias BosNewsLife, um repórter da rede local Voz da América disse que falou com várias pessoas que viram ou ouviram a explosão.
"Uma dessas pessoas mora a cerca de uma quadra de onde aconteceu a explosão. Ela me disse que no início pensou que era um terremoto", contou o repórter Jeff Neumann.
"Todas as janelas da farmácia do outro lado da rua foram quebradas. Vi pelo menos, oito carros completamente destruídos. Tinha muito concreto e vidro espalhados por toda parte. Fios elétricos caídos, foi um caos total", disse.
Segundo testemunhas, hospitais libaneses informaram que precisavam de doadores de sangue para ajudar a tratar os feridos. Um canteiro de obras de uma das novas torres residenciais de luxo de Beirute foi convertido em um hospital de campo improvisado pela Cruz Vermelha.
O ataque de sexta-feira (19) foi um dos mais sangrentos desde que o ex-ministro Rafik Hariri foi morto na explosão de um caminhão-bomba infiltrado em seu comboio, em Beirute, em 2005.
O ataque de sexta-feira (19) foi um dos mais sangrentos desde que o ex-ministro Rafik Hariri foi morto na explosão de um caminhão-bomba infiltrado em seu comboio, em Beirute, em 2005.
FonteBosNewsLife
TraduçãoAna Luiza Vastag
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