PORQUE A GRAÇA DE DEUS SE MANIFESTOU TRAZENDO SALVAÇÃO A TODOS OS HOMENS. TITO 2-11

domingo, 25 de abril de 2010



Eles se chamam "Diablo", "Space Hulk" ou "Daggerfall" e conduzem seu público, em sua maioria composto de jovens, a mundos tenebrosos cheios de bruxas, demônios e magos. Aos que se envolvem com eles é prometida "a realização dos seus pesadelos mais negros". Trata-se dos jogos do tipo "Fantasy", dos quais já existem centenas no mercado! Eles são um incentivo para o envolvimento na dimensão do ocultismo.


Ao folhear um catálogo de "Fantasy", tem-se a impressão de estar viajando ao inferno. Em praticamente cada página encontra-se um demônio ou outra figura de terror. Desde o início da década de 80, uma verdadeira avalanche de livros e filmes começou a inundar principalmente o público mais jovem, e a cada ano uma nova onda de jogos de vídeo ocultistas têm aparecido. A sensação atual são jogos interativos em CD-ROM.

Milhões de pessoas já foram seduzidas pelos cruéis cenários de terror que exaltam a violência, e seu número aumenta cada vez mais.

O que é "Fantasy"? A expressão vem dos EUA e indica o conteúdo de livros, filmes ou jogos, compostos de contos de fadas e lendas, misturados com aspectos de ficção científica e da área do sobrenatural.

Sempre se trata de um mundo além do nosso, no qual sobressaem duendes, bruxas, fadas e anões, para mencionar apenas alguns. Muitas vezes também são vampiros, lobisomens e monstros de todos os tipos que fazem parte desse quadro.

Em geral, nesses jogos se faz o papel de um bom herói que, por exemplo, liberta a princesa cativa. Ao fazer isso, ele deve defender-se de todo tipo de seres hediondos do além.

Entretanto, também existem jogos como "Dungeon Keeper" que atraem o jogador, dizendo: "Dirija e defenda o seu "dungeon" (calabouço) sujo, quando heróis revigorados quiserem roubar o seu tesouro... dê ordens a uma legião de horríveis duendes que farão esse trabalho imundo... por um determinado preço. Uma luz vertiginosa cria uma atmosfera horripilante, no qual flamejantes tochas mal conseguem iluminar as covas." É o que diz um anúncio dos jogos "Dungeon Keeper"...

O "Lands of Lore" diz: "Você é Luther, o filho de Scotia, a falecida e terrível líder do exército das trevas. As forças mágicas que deram inimagináveis poderes à sua mãe, agora pesam sobre seu corpo e sua alma como uma maldição inegável. Somente se você encontrar a antiga magia, a fonte de suas forças incontroláveis, poderá escapar de uma vez por todas do feitiço transformador".

Dois exemplos, dentre muitos, que esclarecem o que são esses brutais jogos de software: ocultismo tenebroso em sua forma pura, que infelizmente fascina cada vez mais os jovens e crianças, introduzindo-os num mundo de magia, bruxaria e satanismo. Constantemente um grande e crescente número de jovens aprende nesses chamados jogos "Fantasy" como pode, supostamente, proteger-se através de símbolos ocultos, como pentagramas e círculos mágicos, contra feitiços malignos ou como se pode curar feridas e ressuscitar mortos recitando fórmulas mágicas. Demônios e outros seres espirituais são chamados e esconjurados...

Um pesquisador americano elaborou o seguinte parecer sobre os jogos "Fantasy": "Esses jogos são a introdução ao ocultismo mais eficiente, mais bem acondicionada, mais proveitosamente comercializada e minuciosamente idealizada, do que qualquer coisa antes vista".

Não é de admirar que depois de ocupar-se com os jogos interativos, o número de jovens americanos e europeus que necessitam de tratamento psicoterápico seja cada vez maior, porque já não são mais capazes de distinguir entre a realidade a a fantasia. E já ocorreram casos de crimes cometidos em virtude do envolvimento contante com os jogos "Fantasy". Ulrich Skambraks, em seu livro "Der Griff nach unseren Kindern", descreve o caso de um jovem de 21 anos que se identificava tão fortemente com o conteúdo dos jogos, que finalmente começou a participar de um grupo satanista e assassinou várias pessoas – inclusive crianças – para fazer-lhes "um favor" e "enviá-los a um lugar melhor", porque passou a acreditar na reencarnação. Esta doutrina hinduísta faz parte de vários jogos interativos e são poucos os entusiastas que conseguem desprender-se desse mundo ilusório de cavaleiros, magos e demônios, já que a influência de "Fantasy", depois de algum tempo, fica mais forte e transforma o caráter das pessoas.

Um ex-jogador de "Fantasy" disse: "É uma verdadeira lavagem cerebral. Facilmente muda-se de opinião. E todo o bem desaparece."

Para desligar-se do ocultismo, é necessário fazer uma separação radical de tudo que envolve o mesmo. Um jovem ex-admirador desses jogos enterrou seus livros sobre "Fantasy", sepultando assim seu vício depois de converter-se a Jesus Cristo. Desde então, ele não necessita mais submergir num mundo imaginário, falso e mágico para poder esquecer os seus problemas. Jesus, o Filho de Deus, prometeu libertar totalmente aqueles que o desejam de coração. E ainda hoje Ele o continua fazendo.

Há quase 2000 anos atrás o apóstolo Paulo admoestou: "Julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende-vos de toda forma de mal" (1 Ts 5.21-22).

Com o que os homens devem ocupar-se? Paulo dá uma resposta inequívoca: "Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento" (Fp 4.8). O que nossos olhos vêem e conduzem até ao "coração", numa época em que tudo está voltado para o exterior, é o que sem dúvida formará nossas mentes de uma ou outra maneira. Por isso, Jesus mesmo nos exorta para que cuidemos do que olhamos, a fim de que não sejam introduzidos falsos conteúdos em nossos pensamentos: "São os teus olhos a lâmpada do teu corpo; se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; mas se forem maus, o teu corpo ficará em trevas" (Lc 11.34).

Aquilo com que nos ocupamos, sem dúvida nenhuma, nos moldará. Recordemos isso constantemente e pratiquemos não somente o cuidado com o meio ambiente, mas também com o nosso interior! (Ethos 1/97)


Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, maio de 1998.



                                                                                     adeildo santos.

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